lunes, 31 de octubre de 2011


En Brasil se hacen eco del “robo” que sufriò Javier Yubi.

Coleccionista paraguayo descubre “robo” de fotos. Javier Yubi reconoció imágenes de su libro “Revoluciones del Paraguay”.



Segunda-feira, 31 de outubro de 2011


Colecionador paraguaio descobre “roubo” de fotos pelo Facebook

Javier Yubi reconheceu imagens de seu livro “Revoluciones del Paraguay” numa das postagens do seu “feed” de notícias

Por Marcelo Netto Rodrigues,de São Paulo

Como nas velhas histórias de piratas, no ano passado, um irlandês residente em Londres veio até ao Paraguai, levou um exemplar de um álbum de fotografias sobre as revoluções daquele país e as reproduziu na capa de uma publicação sua, em inglês, sem nenhuma menção de onde as havia retirado. Por sua vez, como num conto moderno, a descoberta da pilhagem se deu pelo Facebook, quando o jornalista e colecionador Javier Yubi reconheceu suas fotos numa das postagens que apareceram no seu “feed” de notícias.

“Há algum tempo, o 'pirata' me mandou uma solicitação de amizade no Facebook. Sempre conversávamos pelo 'chat'. Era um dos meus 'amigos'. Semana passada, vi em seu mural que havia postado a capa de seu livro. Grande foi a minha surpresa ao ver que as imagens utilizadas eram as mesmas do meu livro que ele havia levado para a Inglaterra. De imediato, comentei em seu post: 'Acabo de me inteirar que você usou minhas fotos para a capa do teu livro'.”

As duas fotos utilizadas indevidamente pelo pesquisador Adrian J. English na capa de “Revolutions, Civil wars an Coups D'etat” fazem parte do livro “Revoluciones del Paraguay” – que traz 160 fotografias das revoluções de 1904, 1908, 1912, 1922 e 1947 – lançado por Yubi em novembro do ano passado. A primeira foi comprada por Yubi em um antiquário de Buenos Aires. “Me venderam como sendo uma foto da Guerra do Chaco, mas depois de investigar sua origem, percebi que é da 'contienda' de 1922.” A segunda “é ainda mais rara porque não existem fotos da revolução de 1947”.

Crédito

“Eu não o proíbo de usar as imagens, nem quero que me cite como dono dasfotos, mas ele deve citar a fonte de onde as obteve, neste caso, do meu livro 'Revoluciones del Paraguay'”, diz Yubi, jornalista do diário ABC, de Assunção, que possui uma extensa coleção de imagens antigas do Paraguai – resultado de sua fixação de mais de 20 anos pelo assunto. “Apenas peço e me parece ético e justo que se cite a fonte de um material que se usa. Não encontrei as imagens jogadas na rua”, explica o paraguaio informando que já mandou reiteradas vezes uma carta em inglês para a editora Caliver Books, responsável pela publicação do livro do irlandês, e nunca o responderam.

“A muito custo e bem devagar, consegui acumular um acervo de 5 mil imagens originais que comprei em Madri, Paris, Buenos Aires, Montevidéu, Rio de Janeiro, enfim, lugares que ia e me dispunha a buscar e comprar fotografias e postais antigos do Paraguai. Como coleciono fotos originais, e essas são imagens antigas, não existem direitos intelectuais envolvidos aí, mas se deve citar a fonte do livro, que possui ISBN.” (International Standard Book Number; em português, número padrão internacional de livro – nesse caso registrado sob o ISBN 978-99953-2-327-1 y (©)2010, que não pode ter partes suas reproduzidas sem a autorização do autor em nenhuma parte do mundo).

Fotógrafo não-identificado

Para lançar seu livro, Yubi – que desde 2010, véspera do Bicentenário de independência do Paraguai, se dispôs a lançar álbuns fotográficos com imagens de sua coleção particular – conta que trabalhou com as imagens, investigou a quais revoluções correspondem, quais os lugares em que foram tiradas, quem são os retratados e que até mesmo buscou dados que o conduzissem a identificar os fotógrafos que as fizeram. Quando a identificação do autor da foto não foi possível, o “crédito”, explica Yubi “aparece no meu livro como 'fotógrafo não-identificado'”.

“O irlandês me respondeu dizendo que a partir do momento que escrevi 'fotógrafo não-identificado', isso já lhe dá o direito de usar a imagem sem citar a fonte. Só que para tanto ele se aproveita de uma investigação minha que determina que a foto é de um fotógrafo não identificado para justificar a sua falta de ética profissional.”

Livro sobre Hitler

O caso acontece dias após o jornalista argentino Abel Basti denunciar que o livro “Grey Wolf: The Escape of Adolf Hitler”, dos britânicos Gerrard Williams e Simon Dunstan, lançado no início deste mês, trata-se de uma cópia dos seus livros 'Hitler en Argentina' e 'El exílio de Hitler'. Só que diferentemente deste último, o livro de Adrian J. English ainda não está à venda.

É curioso notar que a página do irlandês no Facebook parece ter sido apagada e que ao dedo de um “google” o seu nome e o de um outro autor, Rolf Michaelis “rivalizam” em relação à autoria do livro “SS-Heimwehr Danzig 1939”, aparentemente publicado sob o mesmo título por ambos, com a única diferença que um deles acrescenta “na Polônia” ao título. Neste caso, o de English vem antes, data de 2001, enquanto o de Michaelis, é de 2008. O antigo ditado popular sobre ladrões que roubam ladrões parece se aplicar também ao caso dos “piratas”.

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